Pois é… e não é que o Porto foi mesmo sentido…
Quem vem e atravessa o rio
Junto à Serra do Pilar
Vê um velho casario
Quem te vê ao vir da ponte
És cascata são-joanina
Erigida sobre um monte
No meio da neblina
Por ruelas e calçadas
Da Ribeira até à Foz
Por pedras sujas e gastas
E lampiões tristes e sós
E esse teu ar grave e sério
Num rosto e cantaria
Que nos oculta o mistério
Dessa luz bela e sombria
Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vez
Em cada regresso à casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa
Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vez
Em cada regresso à casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa